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As vanguardas européias: Fauvismo, cubismo, futurismo, expessionismo, dadaísmo e surrealismo
As vanguardas europeias “sacudiram” as formas artísticas antes, durante e após a 1ª Guerra Mundial (1914-1918)
Fauvismo (1905)
O léxico vem do francês FAUVE = fera
Foi o primeiro e um dos mais breves movimentos de vanguarda da arte moderna do século XX, tendo seu apogeu entre 1905 e 1907.
O começo do novo século foi um período de mudanças sociais e tecnológicas. Invenções como o rádio, o automóvel e uma disponibilidade mais ampla da eletricidade transformaram o dia a dia das pessoas. Nesse contexto de inovação, fauvismo traz pinceladas vigorosas, falta de nuances e uso estridente e não natural das cores na representação de suas personagens e ambientações. Não apresenta, no entanto, engajamento em questões sociais como teria, posteriormente, o Expressionismo.
Alguns ícones: Henri Matisse, Maurice de Wlaminck e Raoul Dufy.
Figura 1: Quadro de Matisse: Harmonia em vermelho – 1908. Fonte: Henry Matisse.
Cubismo (1907)
Surgido em 1907, a estética cubista simboliza a geometrização do real ao retratar novos ângulos, ideias de profundidade e de mobilidade pela simultaneidade de figuras e de planos.
Alguns ícones: Pablo Picasso, Georges Braque, Juan Gris e Fernand Léger.
Figura 2: Les Demoiselles d’Avignon, Picasso, 1907. Fonte: Universia Brasil.
Futurismo (1909)
O Futurismo nasce da excessiva vontade de exaltar o novo, o progresso e o maquinário, sobretudo os do início do século XX. Nessa época de apologia ao moderno, vemos aversão ao que remetesse ao passado, como poemas épicos, sonetos e seus versos metrificados. Apresentava, também, pouca consideração à figura feminina (que não era vista como um ser das Ciências nem da Tecnologia) e simpatia pelo ideário de uma Guerra Mundial que “servisse de higienização”, possibilitando a permanência e supremacia dos mais fortes (visão pré-nazista\fascista).
Devido ao viés machista e belicoso, o Futurismo foi o mais rejeitado dos movimentos de vanguarda. Preconizou elementos positivos que foram aproveitados pelos primeiros modernistas do Brasil, como o verso branco (sem esquema rimático), o verso livre (sem metrificação rigorosa), o verso nominal e curto.
O movimento foi iniciado pelo poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti, em 1909, ao publicar o Manifesto do Futurismo com a declaração: “Devemos cantar o amor ao perigo, o habito à energia e à temeridade.”
Ícones: os pintores italianos Giacomo Balla, Umberto Boccioni, Carlo Carrà, Gino Severini e Luigi Russolo.
Figura 3: Quadro de Balla – Automóvel correndo. Fonte:
Expressionismo (1910)
O pintor expressionista se utilizava das cores berrantes, usadas no Fauvismo, associando-as a críticas sociais. Capturava a visão que o artista tinha acerca das coisas ao seu redor, sem preocupações com beleza e harmonia. Valorizou formas exageradas, alongadas e em cores não naturais.
O termo expressionismo é alemão visando criar “uma arte que confrontasse o espectador com uma visão mais direta e pessoal de seu estado de espírito”, exibindo “distorção linear, reavaliação do conceito de beleza artística, simplificação radical de detalhes e cores intensas”.
O Expressionismo alemão sofreu influências do francês Paul Gaugin (1848-1903), do holandês Vincent van Gogh (1853-1890) e do norueguês Edvard Munch (1863-1944). Estes três pintores são chamados, para fins didáticos, de pós-impressionistas. A pintora Frida Kahlo (1907-1954) é o nome mais celebrizado no tocante à pintura expressionista no México. No Brasil os artistas expressionistas mais conhecidos são: Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Cândido Portinari e Tarsila do Amaral (há pinturas da Tarsila do Amaral muito condizentes com o Futurismo e o Surrealismo)
Ìcones: Erick Heckel, Karl Schmidt-Rottluff, Ernst Ludwig Kirchner, Franz Marc, Wassily Kandinsky e Gabriele Münter.
Figura 4: Dois homens à mesa (1912), Heckel. Foi inspirado no romance O IDIOTA,
do autor russo Fiódor Dostoiévski (1821-1881).
Dadaísmo (1916)
(O léxico vem do francês DADA= cavalinho de pau)
O Dadaísmo teve origem em Zurique, na Suíça. Foi a vanguarda considerada valorizadora da antiarte, do totalmente transgressor, utilizando essas visões como oposição à vigente 1ª Guerra Mundial. Os dadaístas acreditavam que “a arte havia traído a humanidade” e, assim, não iriam mais celebrá-la. Propunha assim perturbar as noções da razão, da ética e do politicamente correto, elegendo ao patamar de “arte” elementos corriqueiros e simples como mictórios, rodas de bicicletas, estruturas metálicas, etc. o que foi uma agressão para muitos em sua sociedade.
Foi, portanto, movimento de artes plásticas em viés iconolasta (destruidor de normas\padrões) e responsável pelas primeiras fotomontagens e fotocolagens.
Ícones: Tristan Tzara, Marcel Duchamps, Francis Picabia.
Figura 5: Obra iconoclasta de Marcel Duchamp
Surrealismo (1924)
(O léxico vem do francês “sur-réalisme”= a super-realidade)
Uma das mais importantes tendências artísticas do século XX. A princípio, os artistas surrealistas descreviam acontecimentos de natureza bizarra ou estranhamente coincidentes. Buscavam a libertação do inconsciente e objetivavam descobrir novos estados mentais, realizando experiências com hipnose, drogas, sessões espíritas, jogos e transes. Davam importância, também, aos seus sonhos, analisando-os coletivamente e discutindo escritos psicanalíticos de Sigmund Freud.
Alguns de seus ícones: André Breton (autor do Manifesto do Surrealismo, em 1924), Louis Aragon, Max Ernest, Giorgio de Chirico, André Masson, Joan Miró, Luis Buñuel (no cinema), René Magritte,Salvador Dalí!
Figura 6: A persistência da memória, de Dalí. Fonte: Infoescola.
Figura 7: A Traição das Imagens, René Magritte. A pintura mostra um cachimbo e
sob ele a inscrição paradoxal Isto não é um cachimbo. Fonte: Livejournal.